quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Nome(s): Clarisse Dias, Dariani Buzó, Keila Rodales, Tarsiane Machado, Thais Nunes.
Série: 7ª, A  
Prof.ª: Carmem Marisa Domingues Ferreira
Escola: ESC EST ENS MED - Hermes Pintos 
Disciplina: História
Jaguarão - RS

O movimento cartista

O cartismo foi o primeiro movimento da classe operária inglesa a reivindicar direitos políticos e a adquirir um caráter nacional. O movimento nasceu em Londres, em 1837, quando uma associação de trabalhadores enviou ao Parlamento a Carta ao Povo, um documento em que requeriam, entre outras coisas, voto secreto, sufrágio universal masculino e parlamentos renovados anualmente.
A petição foi levada para assembléias de trabalhadores em todo o país e recebeu mais de um milhão de assinaturas. A recusa do Parlamento em aprovar a carta desencadeou uma onda de greves, manifestações e prisões.
Por volta de 1840, o movimento cartista apresentou uma segunda petição, bem mais radical que a primeira. Além de reivindicações iniciais, o documento exigia aumento de salário para os operários e redução da jornada de trabalho. A nova petição recebeu cerca de 3,3 milhões de assinaturas, mais da metade da população masculina inglesa da época.
Aos poucos, as lutas operárias surtiram efeito. As leis trabalhistas do século XIX e início do XX melhoraram as condições de trabalho nas fábricas e minas inglesas, além de fortalecer as lutas dos trabalhadores de outros países.

A formação dos sindicatos

Em 1824, o Parlamento inglês permitiu que as primeiras associações operárias tivessem existência legal. Eram as  Trade Unions, ou sindicatos, como passaram a ser conhecidas. Com a nova lei, houve uma explosão de greves e de associações operárias em toda a Inglaterra, concentradas principalmente na indústria têxtil e na atividade siderúrgica. Enquanto os operários promoviam greves e manifestações, a polícia os reprimia com violência, prendendo e executando alguns líderes.

Destruindo as máquinas

A vida dos operários nos primórdios da industrialização era extremamente dura. Eles trabalhavam de 14 a 16 horas por dia, em pé, parando apenas para um rápido almoço. Não havia férias, descanso semanal remunerado ou qualquer outro direito trabalhista.
Os operários reagiram destruindo as máquinas, vistas como responsáveis pelo desemprego e pela miséria. O principal movimento de quebra-máquinas ficou conhecido como ludismo e atingiu várias regiões na inglaterra, inclusive o campo, aonde a mecanização também havia chegado. O movimento foi violentamente reprimido pelas autoridades, que chegaram a aplicar a pena de morte aos envolvidos.

As lutas operárias e os sindicatos

A organização da classe operária
No início do século XVIII, os tecelões ingleses organizaram as primeiras associações trabalhistas. Os antigos artesãos, convertidos em trabalhadores assalariados das manufaturas, fundaram clubes pequenos e locais, com a intenção de obter aumentos de salário. No entanto, só com a grande indústrias fabril surgiram associações fortes, que passaram a representar uma ameaça aos capitalistas. 

Ruas e moradias

Nas cidades industriais inglesas, a população operária comprimia-se em bairros de ruas estreitas, sinuosas e sujas, tomadas de mendigos, prostitutas e desempregados. Relatos da época destacam o aspecto esfumaçado dos bairros operários, o cheiro nauseante de sujeira e alimentos estragados e a miséria que tomava conta das ruas.
As casas, geralmente de dois andares e geminadas, abrigavam um grande número de pessoas. O quarto ficava no piso superior, onde todos se amontoavam para dormir. No andar de baixo havia a cozinha. Os banheiros eram fossas, pois não existia rede de esgoto. Eles ficavam fora da casa e exalavam um cheiro horrível. Em alguns bairros havia um serviço de limpeza de fossas, cujos resíduos eram vendidos como esterco aos agricultores. Em outros bairros, os detritos eram jogados na própria rua.
Nessas condições, doenças como cólera e tuberculose ocorriam com frequência.

O tempo da natureza e o tempo do relógio

Uma importante mudança na vida dos trabalhadores ocorreu com a relação com o tempo. Nas áreas rurais, a medição do tempo, como acontecem ainda hoje em muitas regiões, estava relacionada ao ciclo da natureza e
às tarefas diárias: hora do amanhecer e do anoitecer, hora de arrebanhar o gado, hora de colher os grãos, hora de ordenhar as vacas, hora em que as chuvas cessavam. Sem necessidade de pressa, os trabalhadores conduziam sua vida no ritmo das atividades agrícolas e pastoris. Nas cidades, entretanto, eles conheceram a disciplina do relógio.
Os relógios já existiam muito antes da Revolução Industrial, mais foi a necessidade de sincronizar o trabalho das fábricas que difundiu o uso e a fabricação do produto. A própria máquina, com seus movimentos mecanicamente sincronizados, foi um instrumento poderoso de controle do tempo dos operários. Assim, com o relógio, foi possível disciplinar o horário de entrada e saída dos trabalhadores, o horário de almoço e o tempo gasto para realizar as tarefas produtivas.
Afim de garantir a nova disciplina, os patrões contrataram supervisores para vigiar o trabalho nas fábricas, instituíram prêmios para os operários mais disciplinados e multas para os descumpridores de horários e de outras normas.

As cidades industriais e a vida operária

 Do campo para as cidades
Para os trabalhadores, a mudança para a cidade significou a adoção de novos hábitos, que se chocavam com as tradições comunitárias e familiares que aproximavam os moradores do campo. Nos centros urbanos, as festas religiosas, os casamentos, os festivais da colheita, ocasiões que garantiam o contato e a solidariedade entre as pessoas, desapareceram ou foram limitadas pelas longas jornadas de trabalho estabelecidas nas fábricas.

A manufatura

Também por volta do século XV, homens de negócios começaram a agrupar os artesãos em grandes galpões para melhor controlar a produção de mercadorias. Surgia assim a manufatura. No novo sistema, a produção era dividida em diferentes etapas, cada qual realizada por um trabalhador. Da mesma forma que no artesanato, o trabalhador era o agente principal da produção, contando com o auxílio de ferramentas e algumas máquinas simples, como a de fiar e a de tecer, no caso de tecelagem.
Na manufatura, o artesão deixou de ser o dono dos instrumentos e do local de trabalho, que foram para as mãos dos capitalistas, e passou a trabalhar em troca de um salário. A divisão de tarefas também fez com  que ele deixasse de conhecer a totalidade do processo produtivo.

A produção artesanal caseira

A produção artesanal caseira, também chamada de indústria caseira, desenvolveu-se no século XV e praticamente desapareceu no século XIX, superada pela indústria. Na produção caseira, os artesãos eram os donos dos instrumentos de trabalho e conheciam todas as fases da produção. Na fabricação de tecidos, por exemplo, os negociantes compravam a lã crua e a levavam para as fiandeiras, em geral crianças e mulheres, que trabalhavam em suas próprias casas. A produção caseira dependia totalmente da habilidade, da força e da velocidade do artesão. Por isso, o sistema doméstico não garantia uma produção volumosa.

Do artesanato à maquinofatura

As mudanças no sistema produtivo

A mudança mais evidente relacionada à Revolução Industrial foi a aplicação das máquinas à indústria, inicialmente na fabricação de tecidos. Antes da produção mecanizada e de massa da era industrial, a fabricação de mercadorias passou pelas fases do artesanato caseiro e da manufatura. Veja as características de cada uma dessas fases. 

Abundância de carvão e ferro

Outro fator que permitiu que os ingleses mecanizassem a produção têxtil foi a facilidade de obter a fonte de energia e as matérias primas básicas para as máquinas: o carvão mineral e o ferro.

A modernização da agricultura

A prática dos cercamentos, iniciada no século XVI, resultou na modernização da agricultura inglesa. Um exemplo foi a introdução de um sistema em que se alternava, nos campos agrícolas, o cultivo de cereais, tubérculos e gramíneas. Essa mudança permitiu que as ovelhas pudessem se alimentar o ano inteiro, ao mesmo tempo que, forneciam esterco, suficiente para evitar o desgaste do solo. Como podemos perceber, o pastoreio e a agricultura, se transformam em atividades complementares.
As mudanças ocorridas nos campos ingleses tiveram dois efeitos principais:
•O aumento da produção agrícola, necessária para alimentar uma população.
•A expulsão dos camponeses de suas terras ou sua ruína, pois muitos deles não conseguiam competir com a moderna agricultura das propriedades vizinhas.
Os cercamentos, portanto, criaram uma força de trabalho numerosa e barata para as fábricas que começavam a surgir.

O domínio Inglês no comércio mundial

Os ingleses conquistaram o domínio do comércio mundial com as vendas de produtos manufaturados, principalmente de tecidos de algodão, que apresentavam, mesmo antes da Revolução Industrial, cerca de 50% das exportações inglesas.

A Revolução Industrial começou na Inglaterra

Um governo aliado da burguesia

A história da Inglaterra industrial não começou com a invenção das máquinas que mecanizaram a produção de mercadorias. Ela teve início muito antes quando vários governos tomaram diferentes medidas favoráveis ao desenvolvimento econômico inglês. 
A Inglaterra se beneficiou bastante com a formação desse mercado mundial. Além de conquistar valiosas colônias ultramarinas, a rainha Elizabeth I, e, mais tarde, o líder da República Puritana, Oliver Cromwell, fortaleceram a marinha mercante, ajudando a fazer da Inglaterra a potência naval do mundo. 


A burguesia e o proletariado

A sociedade que se organizou em torno da industrialização dividiu-se basicamente em duas camadas sociais: a burguesia, proprietária das fábricas, das máquinas, do comércio, das redes de transporte e dos bancos, e o operariado. Esse novo tipo de trabalhador, também chamado de proletário, vive do salário que recebe pelo trabalho realizado para o capitalista.

A substituição do homem pela máquina

Com o contínuo avanço tecnológico, cada dia mais o trabalho humano foi sendo substituído ou regrado pela máquina. O trabalhador, que antes era um produtor, tornou-se operador de máquinas.
O ritmo da vida e do seu trabalho deixou de ser determinado pelo ritmo da natureza e do corpo humano para acompanhar o da máquina. Como a produção devia ser cada vez mais rápida, o homem teve de ajustar sua vida  a esse novo ritmo, trabalhando mais horas por dia a uma velocidade cada vez maior. Quem definia o ritmo do trabalho era a máquina, que, por sua vez, era controlada pelos empregados mais graduados da fábrica, e, acima destes, pelo patrão.

A busca do lucro e o uso de novas fontes de energia

A busca do lucro, característica principal de todo o sistema produtivo e comercial, tornou-se mais intensa com a fábrica. O mais importante para o capitalista é obter em seus negócios o maior retorno financeiro para o menor custo possível. Essa forma de pensar passou a ser a base das relações sociais na era industrial.

A instalação de fábricas e o crescimento das cidades

O aspecto mais visível da Revolução Industrial inglesa ocorreu principalmente nas cidades: a construção das fábricas, grandes galpões que abrigavam máquinas, operários e empregados na produção de mercadorias. O artesanato caseiro e as associações medievais de artesãos decaíram e praticamente desapareceram.

Características da Revolução Industrial inglesa

Dona de um dos maiores impérios coloniais no século XVII e XVIII, a Inglaterra foi o país que mais acumulou capital na fase do capitalismo comercial. Por isso, pode iniciar sua industrialização já no século XVIII. A partir de 1770, aproximadamente, até 1850, houve naquele país uma grande transformação social e produtiva chamada pelos estudiosos de Revolução Industrial.
A principal característica dessa revolução foi a de ter inaugurado o capitalismo industrial. A era da fábrica havia chegado.

Revolução Industrial

A origem da vida moderna

Alguma vez na vida você já se perguntou como a nossa sociedade se formou e porque ela funciona dessa forma? Porque as pessoas trabalham o dia inteiro? Porque existe horário para tudo? Porque todo mundo tem pressa?
Além disso, nossa é vida é bombardeada constantemente com novidades tecnológicas: sistemas de comunicação cada vez mais rápidos, computadores velocíssimos, eletrodomésticos inteligentes, descoberta da cura para muitas doenças, entre outras. A ciência nos surpreende com inventos e descobertas quase diariamente.
No entanto, o avanço tecnológico e a riqueza representam apenas um lado do mundo moderno. Sabemos que a miséria é muito grande, que os recursos naturais, como a água potável, podem se esgotar, que várias espécies de animais estão ameaçadas de extinção pela ação predatória do ser humano, que a criminalidade, a violência e a descrença no futuro vem crescendo entre os jovens.
Porque o mundo é assim? Não há resposta suficiente para pergunta tão complexa. Contudo, esperamos apresentar parte da explicação no estudo deste blog.